Há exatos 33 anos, aconteceu a primeira edição da Copa do Brasil que contou com a participação do Operário Futebol Clube, campeão Sul-Mato-Grossense de 1988 como o único representante do estado.
Foi em uma data simbólica para o futebol brasileiro que a bola rolou pela primeira vez na Copa do Brasil. A competição começou no exato dia de 19 de julho de 1989, no Dia Nacional do Futebol. A data escolhida para celebrar o esporte mais popular do Brasil é uma homenagem ao clube de futebol mais antigo em atividade no país, o Sport Club Rio Grande, da cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, fundado em 19 de julho de 1900.
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Bem diferente do formato atual, a edição de 1989, contou com “apenas” 32 times de 22 estados brasileiros. Participaram torneio nacional somente os clubes campeões dos estaduais de 88, com exceção aos 10 estados com melhor média de público em seus respectivos campeonatos (BA, CE, GO, MG, PE, PR, RJ, RS, SC e SP) que foram credenciados a contar com os 2 finalistas como seus representantes na competição. O sistema de disputa teve naquela ocasião apenas 5 fases para definir o campeão e conhecer o representante nacional na Copa Libertadores da América do ano seguinte.
Campeão Sul-Mato-Grossense de 1988, o Operário que já era reconhecido nacionalmente pelos feitos conquistados na década de 70 (principalmente pelo terceiro lugar no Brasileiro de 1977), passava por um processo de transição. O Alvinegro que havia vencido o Módulo Branco do Campeonato Brasileiro de 1987, tentava retomar a primeira divisão que estava mais “elitizada” pelo Clube dos 13. A Copa do Brasil poderia ser uma boa oportunidade de voltar a medir forças com as grandes equipes do Brasil, porém, a campanha não terminou como o esperado.
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O Galo até que estreou bem, arrancando um empate em 1 a 1 contra o Blumenau no estádio da SESI. O gol fora de casa (que ainda era critério de desempate), garantia a vantagem de um empate sem gols em Campo Grande para garantir a classificação. No entanto, os sul-mato-grossenses acabaram sendo surpreendidos pelos catarinenses, que avançaram após uma vitória pelo placar mínimo em pleno Morenão.
Mesmo com a decepção da eliminação na primeira fase, o Operário, que terminou na 21ª colocação na classificação geral, pode ter o orgulho em dizer que foi o primeiro representante de Mato Grosso do Sul na Copa do Brasil. Ao final daquela edição, o Grêmio se tornou o primeiro campeão depois de bater o Sport na grande final.
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A Copa do Brasil até hoje é considerada a “copa das surpresas” pelo seu formato de mata-mata em todas as fases. Já foi vista como uma competição que dava chance aos clubes considerados “menores” vencerem um torneio nacional e desta forma chegar a principal competição da América do Sul (isso quando o torneio não contava com a participação dos times brasileiros que estavam na Libertadores no mesmo ano).
Atualmente é considerada uma das competições mais rentáveis do ano para os clubes brasileiros. As premiações para a primeira fase e para os clubes classificados para as fases seguintes garantem uma boa premiação para os participantes. Só para se ter uma ideia, em 2022 a equipe que levantar a taça pode ganhar até 60 milhões de reais. O Operário que volta a disputar a Copa do Brasil em 2023 já pode ficar olho neste aspecto financeiro, pensando em um bom planejamento para a próxima temporada. Ganhar uma “grana extra” para os cofres pode significa chegar mais forte para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série D para conseguir fazer uma campanha digna de sua história e não apenas ser lembrado como um mero coadjuvante, como na primeira edição da Copa do Brasil.