Na madrugada dessa quarta-feira (8) por volta da uma hora da manhã, a Seleção de Atletas dos naipes Masculino e Feminino de Mato Grosso do Sul embarcou com destino a São Paulo. A partir da próxima sexta-feira (8) a Delegação de MS entra em campo para a disputa a Taça das Favelas Nacional.
A seleção sul-mato-grossense, que reúne jovens de 14 a 17 anos nos naipes masculino e feminino, foi montada em conjunto por meio de profissionais responsáveis por centros de formações de atletas na capital. A convite da Presidente da Central Única das Favelas de Mato Grosso do Sul (CUFA/MS), Letícia Polidoro, a vaga para representar o estado foi concedida para Academia de Futebol G12.
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Diante desse pressuposto, coube ao coordenador e professor da equipe, Carlos Eduardo, ter a responsabilidade de montar e coordenar o grupo de atletas que vai representar Mato Grosso do Sul no torneio. “Como eu não fujo de um desafio, conversei com os professores Daniel (Barbosa) e Edelson (Ortiz) e resolvemos montar as equipes”, lembra Carlos Eduardo.
A ideia de firmar uma parceria com outros times da cidade foi justamente em prol do MS, com o intuito de melhorar e qualificar o grupo de atletas na tentativa de desempenhar o melhor papel possível dentro do certame. Sendo assim, Carlos Eduardo que iniciou as atividades com a Academia de Futebol G12 nesse ano, uniu forças com Daniel Barbosa do Centro de Treinamento All´star – CTA (seleção masculina) e Edelson Ortiz do Club Atlético Santista (seleção feminina). Ele explicou como foi feita a montagem do elenco.
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“Para a equipe masculina foi fechada uma parceria com o professor Daniel do CTA, aí nos dividimos 10 atletas da Academia de Futebol G12 junto com mais 11 atletas do CTA. No feminino a gente vai com 20 atletas, com o professor Edelson no comando, vão três atletas da Academia de Futebol G12 e 17 atletas do Atlético Santista” afirma o coordenador Carlos Eduardo.
No campo do Jardim São Conrado, onde funciona o Projeto da Academia de Futebol G12, Carlos Eduardo que também exerce a função de treinador de goleiros, intensificou os treinamentos nos últimos 30 dias visando a alta performace de seus jogadores e falou sobre a expectativa para a disputa da competição.
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“A preparação foi bem intensa de acordo com a necessidade, porque as meninas estudam, trabalham e os meninos também, a maioria estuda e alguns trabalham pela idade. A gente vai representar o estado, tentar buscar a classificação pelo menos para a segunda ou terceira fase que é bem concorrida, em que estão envolvidos não só Mato Grosso do Sul, mas todos os estados. Vai ser uma competição muito difícil, mas a expectativa é boa, vamos lutar, correr atrás e ver o que a gente consegue buscar de resultado. É a primeira vez que eu como professor participo e se não me falha a memória é a terceira vez que o estado envia um representante. Então, vamos fazer o possível, para fazer uma boa campanha”, finaliza Carlos Eduardo.
Conheça um pouco mais da Taça das Favelas
A Taça das Favelas é o maior campeonato de futebol entre favelas do mundo. O torneio realizado pela Central Única das Favelas (CUFA) e produzido pela InFavela, empresa da Favela Holding, foi disputado pela primeira vez em 2012, no Rio de Janeiro. São Paulo teve a sua primeira edição, em 2019. E já no primeiro ano contou com o envolvimento de milhares de favelas, colocando mais de 40 mil pessoas no Pacaembu, nas grandes finais vencidas pelo Complexo da Casa Verde, no feminino, e pelo Parque Santo Antônio, com transmissão ao vivo do Sportv e da Globo.
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O objetivo visa não só única e exclusivamente o futebol, mas sim, o fator de integração social, já que a organização do campeonato oferece, antes do início dos jogos, em todos os estados que recebem o projeto, workshops sociais para jogadores e técnicos, que vão desde cuidado com a alimentação até educação financeira.
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A CUFA
A Central Única das Favelas (CUFA) é uma organização não governamental brasileira. Originalmente fundada em 1999 por jovens negros da favela Cidade de Deus, hoje está presente em todos os estados brasileiros e em outros 15 países.
A CUFA promove atividades nas áreas da educação, lazer, esportes, cultura e cidadania, como grafite, DJ, break, rap, produções audiovisuais, basquete de rua, literatura, além de outros projetos sociais. Além disso, promove, produz, distribui e veicula a cultura hip hop através de publicações, discos, vídeos, programas de rádio, shows, concursos, festivais de música, cinema, oficinas de arte, exposições, debates, seminários e outros meios. São as principais formas de expressão da CUFA e servem como ferramentas de integração e inclusão social.
Com informações institucionais retiradas do site da CUFA.