Há exatamente 34 anos o Operário Futebol Clube se tornava Campeão do Campeonato Brasileiro de 1987. Em uma temporada marcada pela polêmica da Copa União organizada pelo Clube dos 13, o Galo da Bandeirantes venceu o módulo branco da competição nacional.
1987 o ano que ainda não terminou
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Imaginava-se que Brasileiro pudesse ser dividido em séries como previsto no ano anterior, no entanto, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) alegou não ter condições de realizar o campeonato de 87.
As agremiações de maiores torcidas do Brasil se uniram e criaram o Clube dos 13 formado por (Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Internacional e Bahia).
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Surgia a Copa União de 87, que além dos 13 representantes teria ainda o Santa Cruz, Coritiba e Goiás totalizando 16 participantes. Então, a CBF fez um acordo (que nunca foi cumprido) junto ao Clube dos 13 para agregar mais integrantes na disputa.
A divisão principal seria formada pelo Módulo Verde (Copa União) e Amarelo (15 times) e mais outros dois módulos secundárias, Azul (24 equipes) e Branco (24 clubes). O Operário que foi terceiro lugar em 77, ficou fora da Copa União e teve que jogar o Módulo Branco, o que é lamentado até hoje no próprio site do Operário:
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“Com a criação do Clube dos 13, equipes de porte médio, como o Operário, ficaram de fora da elite do futebol nacional. O clube viveu uma conturbada disputa política nos bastidores com a Federação por não ter brigado pela vaga do clube, pois todos os envolvidos na época tinha a certeza que o Operário deveria ter sido incluído no torneio do clube dos 13, pois tinha mais história e conquistas do que por exemplo o Goiás”, diz a citação da história do clube.
Módulo Branco
Na primeira fase o Operário caiu no grupo G, ao lado de Mixto-MT, Operário-MT e Sobradinho-DF. Os operarianos terminaram na segunda colocação do grupo com 8 pontos. Na campanha os campo-grandenses venceram o Sobradinho (4 a 0 em casa e 1 a 0 fora) e Operário-MT (1 a 0 fora e 2 a 1 em casa). Sendo derrotado apenas pelo Mixto (2 a 1 fora e 1 a 0 em casa).
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Mata-Mata
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Na segunda fase, o galo superou a Catuense vencendo no Morenão por 2 a 0 e empatando em 2 a 2 na partida de volta. Na terceira fase foi a vez da revanche contra o Mixto e no mata-mata o resultado foi bem diferente do que na fase de grupos. O alvinegro fez o dever de casa vencendo por 2 a 0, na volta em Cuiabá, foi preciso segurar o empate em 2 a 2 para avançar.
Triangular Final e Briga pelo reconhecimento
No triangular Final o galo mediu forças contra o Botafogo-PB e o Paysandu-PA. No primeiro embate, empate em 0 a 0 longe de Campo Grande contra o Botafogo. A grande decisão foi disputada no estádio Morenão, no dia 31 de janeiro de 1988.
O Operário venceu o Paysandu por 1 a 0. O time formado por Marquinho, Anchieta, Gilson, Marquinhos, Celso, Jorge Luiz,Cido, Silva, Guina, Biá e Bugre, agora conquistava o Brasil literalmente.
A confusão envolvendo o Flamengo (campeão da Copa União) e o Sport (Campeão do Módulo Amarelo) fez com que os títulos dos módulos Azul (Americano-RJ) e Branco (Operário) não fossem reconhecidos pela CBF.
Porém, a diretoria do Operário busca por meios legais ser considerado campeão legitimamente por parte da entidade. A verdade é que ainda se discute se o troféu equivale a uma série B (levando em conta que o módulo Amarelo seria a séria A, como dizia a CBF) ou a uma série C (já que no ano seguinte o clube de fato, jogou a série B).
Independentemente disto, o Galo da Bandeirantes fez história, levantou a taça, entrou para sempre na galeria dos grades campeões nacionais.