Na última semana duas datas significativas em homenagem aos profissionais de suas devidas áreas, merecem ser reverenciadas. Na abertura do mês, foi comemorado o Dia do Profissional de Educação Física e para “registrar” as palavras e imagens de momentos especiais como esse, o Repórter Fotográfico também recebe é homenageado no segundo dia de setembro. As duas datas mencionadas podem ser representadas por um único nome, o “mestre” Emerson Brito.
Emerson Leite de Brito é Profissional de Educação Física e atua como professor na rede estadual de ensino. A Escolha da formação acadêmica começou com o incentivo do pai ao esporte, quando ainda na infância, Emerson iniciou sua trajetória dentro das quatro linhas e pouco tempo depois despertou o desejo de se tornar técnico de futsal.
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“Minha paixão pelo futebol surge aos seis anos. Eu fui para a Escolinha do Círculo Militar e lá eu comecei a minha trajetória com alguns nomes como Herculano Borges, hoje diretor da Fundesporte e o Guilherme (Coronel da Polícia Militar) todos eles estavam começando a carreira e foram os meus primeiros treinadores para valer. Até que meu pai monta um time, pega todos os atletas, aluga a quadra do seu Mieres e monta a Escolinha do Top Speed, que era uma empresa de bip na época. Ali a gente começa a nossa jornada no futsal e nunca mais parou. Uma paixão imensa que se criou pelo futsal, meu pai era um apaixonado e eu acabei criando essa cultura. E desde os 13 anos de idade eu falo que eu queria ser treinador de futsal e a partir daí eu faço educação física e surgi o amor pela educação física”, lembra Emerson.
O sonho de virar técnico se tornaria realidade anos mais tarde, mas bem antes de orientar uma equipe na beira da quadra, Emerson Brito conquistaria o seu primeiro título de expressão nas categorias de base, a Taça Canarinho sub-13 pela Top Speed. Até mesmo nos dias atuais, Emerson ainda “bate uma bolinha” em torneios de futsal como a Liga Sul-Mato-Grossense de Futsal e em alguns momentos acaba se dividindo também na função de treinador. Segundo Emerson, a ideia de trabalhar com um leque de possibilidades e múltiplas tarefas, começou na faculdade, quando ele conheceu de perto o amplo “universo” vinculado à educação física.
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“Quando eu fui para Educação Física eu conheci outros mundos. Já com uma semana de faculdade eu entrei em um estágio chamado Instituto Córrego Bandeira, no Projeto Ayrton Senna, conheci o esporte cooperativo e me apaixonei. Fiz cursos de lazer em São Paulo, fiquei fanático no mundo do lazer. E a partir dali eu fui, conhece o mundo das pesquisas, conhece outras áreas e o profissional de Educação Física quando vivencia tudo isso se apaixona. E talvez nessas de você querer fazer um pouco de tudo é que a gente não consegue focar em alguma coisa, mas é legal, é gratificante”, lembra Emerson.
Confira o Papo Sem Retranca com Emerson Brito no canal do Youtube na íntegra:
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Outra atividade desempenhada por Emerson foi a de árbitro de futebol e futsal profissional. Vira e mexe sempre tem alguém lhe convidado para apitar jogos do futebol amador, entretanto, Emerson ressalta que um dos motivos por optar, por muitas vezes “explorar novos territórios” é a dificuldade de fazer esporte no MS.
“A nossa realidade é muito difícil, o esporte no Mato Grosso do Sul é muito carente de investimentos e acaba que a gente tem que fazer um pouco de tudo. Nos últimos anos eu foquei muito na arbitragem eu já estou completando 18 anos como árbitro amador fui aspirante CBF. Então nos primeiros 10, 12 anos da minha formação foi tentando ser árbitro. Eu nem gostava muito, mas fui entrando no mundo. Acaba que você gosta do dinheiro que vai entrando e isso passou a fazer parte da minha vida. Até que eu passei num concurso em Campo Grande, foi quando eu voltei para ser técnico (tinha ficado um tempo trabalhando fora da cidade) e para o mundo do esporte fora da arbitragem um pouco”, se recorda Emerson.
Atualmente Emerson garante o seu sustento dando aulas na escola público, mas não está nem de longe acomodado com os valores recebidos e sempre se vê disposto a encarrar novos desafios mesmo em meio as dificuldades. “Até alguns anos atrás eu sempre foquei na escola, porque na verdade é o que hoje te dá um dinheiro e lhe dá uma condição melhor de vida, mas a gente que jogou esporte de rendimento quer um pouco mais. Abri o CT Falcão, numa época difícil de crise, foi um pouco antes do impeachment da Dilma Rousseff, o país estava numa situação econômica muito difícil, um caos social. Ficamos quatro anos com a franquia e veio a pandemia. E na pandemia aparece outras coisas que eu nunca havia vivenciando antes, que foi mexer com esporte eletrônico para tentar girar um dinheiro e tentar manter a Escolinha e aí veio o convite para ir para o Comercial”, conta Emerson.
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No Esporte Clube Comercial, Emerson Brito fez parte da diretoria, criou uma identidade visual para as redes sociais do clube, promoveu ações de marketing, trabalhou na beira do campo como repórter fotográfico, foi comentarista em um jogo amistoso de pré-temporada contra a Seleção de Sidrolândia, criou matérias para novo site oficial do clube e sobretudo abriu o primeiro departamento de futsal do Colorado.
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“No Comercial a gente passa a ajudar o Claudio (Presidente) com a rede social que era uma deficiência que o clube tinha e eu entro na crônica esportiva, veio eu o Matheus Leite e o Diego na época a gente montou a empresa CB Esportes para ajudar a criar esse tipo de material e a gente pode contribuir nesses três anos. Lá dentro é a fotografia, é fazer matéria, é atender a imprensa, é fazer um banner. E com certeza a foto mais bonita que eu tenho é aquela foto do jogo do Cruzeiro, uma chuva imensa e ficou muito bonita, tirada de um celular. Foi uma experiência incrível pode ter participado de uma Copa São Paulo. Coisas que me marcaram e a pandemia me proporcionou, então eu fechei um bom ciclo das grandes competições o que me dá muito orgulho”, comenta Emerson.
Outra posição diferente no sentido jornalístico em que Emerson se viu realizando foi a de comentarista. Com um vasto conhecimento adquirido dentro do futsal, Emerson Brito tem se destacado dentro das cabines com seus comentários sinceros e enriquecedores nas transmissões da 123 Esportes Oficial no YouTube. Questionado qual o cargo profissional que ele se considera fazer parte, Emerson se auto denomina um amante do esporte e admite que tem a intenção de focar suas atenções na parte de gestão esportiva.
“Eu sou um cara que gostaria de mexer mais com a gestão. Cuidar da gestão administrativa e discutir esporte eu acho que me interessa um pouco mais, até por toda essa vivencia que eu acabei tendo. É árbitro, é treinador, joguei na base, envolvido com o esporte profissional, então hoje acho que a gente teria condição de ajudar um pouco mais na gestão na discussão do esporte, a gente pensar mais o esporte com várias visões” idealiza Emerson.