A voz que conduz a emoção do esporte: Felipe Sidy é um dos novos talentos da narração esportiva de MS

Nessa semana foi comemorado o Dia Nacional do Rádio e da Radiodifusão em homenagem a Edgar Roquette-Pinto (data de seu aniversário) criador da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro que anos mais tarde se tornaria Rádio MEC é visto como o “pai” do Rádio no Brasil. Felipe Sidy é comunicador e demostra na prática que o rádio continua sendo um meio de comunicação de massa que trabalha em conjunto com as evoluções mundiais, já que faz parte de uma web rádio com quase 15 anos de existência.

Passado mais de um século desde a primeira transmissão radiofônica em homenagem ao centenário da independência do Brasil, em setembro de 1922, o rádio continua se renovando juntamente com as mudanças tecnológicas para permanecer presente na vida dos brasileiros. No mundo atual, é notório verificar o crescimento do acesso as redes móveis e wi-fi e através da internet é possível sintonizar rádios e web rádios de vários continentes tudo com apenas um clique e com a qualidade do sinal digital. Foi justamente pensando em expandir o alcance do público cada vez mais atento as novidades, que o jornalista Claudio Severo, responsável pelo portal Esporte MS, criou uma web rádio vinculada ao site em 2009 para atender e uma espécie de carência nessa área específica da comunicação em Mato Grosso do Sul.

Felipe Sidy tem 28 anos de idade e trabalha como jornalista na TV Imaculada. Após se formar na Faculdade Uniderp de Campo Grande em 2016, Felipe já despertava o desejo de atuar na crônica esportiva e foi observando um “ex-colega” de universidade que surgiu a oportunidade de entrar na Rádio Esporte MS em 2020.

“Eu entrei através do João Gabriel que estudou comigo na turma de jornalismo e eu peguei justamente a nova etapa da Rádio Esporte MS. Quando eu entrei já não tinha mais o Thiago (Lopes de Faria) que estava com a Futebol na Canela. E foi na pandemia (de covid-19) que o Severo me chamou para eu fazer um jogo do Estadual, com ele narrando, Odair Martimiano de comentarista e Ricardo Paredes como repórter e comecei como plantão e repórter” lembra Felipe.

Confira o Papo Sem Retranca completo com Felipe Sidy:

Com o incentivo do âncora da equipe de transmissão, Felipe Sidy foi ganhando seu espaço e no ano seguinte, surgiu a grande chance de narrar uma competição nacional pela web rádio. A primeira transmissão na função de narrador foi no Campeonato Brasileiro Feminino Série A2 e logo dê cara, foi preciso encarar o desafio de conseguir identificar as jogadoras do time que representava MS na disputa.

“Eu trabalho na TV Imaculada, então a gente tem o estilo de televisão e na rádio é totalmente diferente. E o Severo me disse, você vai narrar SERC/UCDB e contra um time da Bahia (Juventude Conquista) e o jogo era no Morenão. E a SERC me vem com aquela camiseta tricolor que é uma camisa muito linda, mas o número é azul. Gente eu nunca narrei um jogo na minha vida (até então) e no primeiro jogo, eu só narrava o futebol das jogadoras da Bahia que era verde e branco (o uniforme) e dava para ver perfeitamente (o número) e as da SERC não. E aí a Rosângela que era a nossa comentarista, eu começando (como narrador) e ela começando (como comentarista), me falava, essa é a fulana, essa é a cicrana, porque ela conhecia as jogadoras e eu nunca tinha visto. E assim, foi uma experiência muito boa e foi aí que o Severo foi me soltando para fazer narrações”, se recorda Felipe.

Depois de viver um momento inusitado na narração de sua partida inaugural, Felipe Sidy em pouco tempo se tornou uma das revelações da narração esportiva de MS. Graças ao apoio de Claudio Severo e dos demais companheiros, o jornalista narrou diferentes modalidades como futebol, futsal, vôlei, basquete e até corrida de kart, que a primeira vista, foi o esporte mais difícil de narrar segundo ele.

“Uma vez uma o Severo chegou e falou com a gente, olha tem uma corrida para gente fazer. Corrida? sim de kart, lá no kartódromo de Campo Grande. Diferente quando você vê a fórmula-1 que tem lá todas as informações, quem está em primeiro, quem está em segundo, o tempo do carro, o rádio, no kart não. É uma câmera que a gente tem, não tem um retorno e você consegue ver os carros com a numeração, quando eles passam ali (na sua frente), e você tem que meio que decorar a cor da placa do carro e o capacete. E enquanto os carros estão dando a volta e você não está enxergando nada, às vezes o Severo ia lá com o celular, fazer o link e passava (as imagens). Mas assim, é muito bacana, a audiência era muito legal também e é bom que a gente vai dando abertura para essas modalidades”, declara Felipe.

Além de ter um leque de opções narrativas para agregar as transmissões da Rádio Esporte MS, Felipe Sidy conhece de perto os poderes do rádio em se regenerar nos mais variados períodos da história, como na chegada da TV e mais tarde com a internet. A prova disso é que por meio das novas plataformas digitais e redes sociais como o YouTube, as rádios estão cada vez mais em evidência.

“O Severo criou a rádio, na época da era da rádio web e ninguém acreditava muito e hoje o Severo tem uma linda caminhada com a Rádio Esporte MS e nós temos a oportunidade de estar lá junto com ele. A gente tem a prova de que o rádio vai se adaptando à realidade, como o rádio web, a digitalização, a migração do AM para o FM e agora aparece a banda ku para melhorar a qualidade do rádio. Hoje na palma da sua mão você tem acesso ao Rádios.Net é a maior plataforma de rádios do Brasil, onde qualquer rádio, pode até ser uma rádio comunitária está lá e é uma audiência sem tamanho. Agora com o YouTube cresceu o jeito de você (a pessoa) não estar vendo o jogo e estar vendo a equipe”, ressalta Felipe.

Um grande diferencial da Rádio Esporte MS são as parcerias com outros grupos de comunicação que fazem com que seus integrantes experimentem novas experiências no âmbito esportivo. “A parceria com o Odair que é o nosso comentarista é que os mesmos jogos que são feitos na Rádio Esporte MS são feitos na Rádio Web Regional. O Canal Cidade é um parceiro muito presente, o James (Echeverria), sempre liga e diz, posso retransmitir? E é uma audiência muito boa os nossos jogos no Canal Cidade e tem outras rádios e sites que retransmitem, que formam essa rede de rádio web que é a maior rede de Mato Grosso do Sul, tem a Folha de Murtinho, Tereré News, Gabrielense, Campo Grande e outros”, lembra Felipe.

Tudo isso sem perder a essência do bom humor atrelado a virtude da boa informação, marcas registradas que fazem com que a Rádio Esporte MS ganhe cada vez mais visibilidade em outros estados, crescendo gradativamente em diversas plataformas de transmissão.

“Eu gosto muito de falar que na Rádio Esporte MS a gente tem muita alegria. Porque quem está ouvindo, precisa ouvir algo que dê alegria. Então quando a bola está na zona morta, você tem que passar a informação e tem que brincar um pouco. Na Copa do Brasil nós conhecemos seu Osides que foi em 12 Copas do Mundo, e eu tive a oportunidade de ajudar ele a subir a escada e de instalar ele do lado da cabine que era do lado da nossa e para nós foi uma honra tê-lo aqui em Campo Grande. Na Série D fizemos (a transmissão) com a Rádio Jovem Pam e a Rádio Paramundo e a gente transmitiu para Piracicaba. Essas parcerias ajudam a divulgar a Rádio Esporte MS e a gente se tornar conhecidos em várias partes do Brasil. E as plataformas da Esporte MS estão aí a mais de 20 anos a serviço do esporte em Mato Grosso do Sul”, finaliza Felipe.