Carlos Castilho foi eleito recentemente pela crítica esportiva e pela torcida do Fluminense o maior ídolo da história do clube, deixando pra trás craques como Rivelino e o atacante Fred. Castilho também se destacou como treinador, até hoje é o segundo técnico que mais venceu o Campeonato Sul-Mato-Grossense, além de colocar o Operário-MS entre os três maiores clubes do Brasil.
Castilho foi o jogador que mais vestiu a camisa do tricolor das Laranjeiras, foram 698 partidas pelo clube, em quase 20 anos de trabalho. O ex-goleiro ajudou o clube carioca a faturar vários títulos, entre 1946 e 1965.
Dedo amputado
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Em um período de muitas lesões, Carlos Castilho decidiu amputar o dedo mindinho da mão esquerda pra não desfalcar o Fluminense por muito tempo.
A família e os médicos não concordaram com a ideia e o goleiro precisou assinar um documento se responsabilizando pelo procedimento.
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Essa foi a alternativa encontrada pelo goleiro pra se livrar das fortes dores e recuperar a confiança.
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Funcionou, em pouco tempo ele estava de volta aos treinos. Essa história está registrada no busto de Castilho, inaugurado nas Laranjeiras em 2006.
Seleção Brasileira
Castilho foi um dos poucos jogadores a vestir a camisa da seleção brasileira em quatro Copas do Mundo. Foi campeão mundial em 1958 e 1962.
Por essas e outras que o Fluminense sente muito orgulho do ex-goleiro. Em agradecimento, recentemente o Centro de Treinamento do tricolor das Laranjeiras, passou a se chamar Carlos José Castilho.
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Depois da aposentadoria como jogador, o arqueiro virou técnico. O treinador venceu seis estaduais com o Operário, dois deles pelo Campeonato Mato-Grossense, em 1977 e 1978 e mais quatro vezes pelo Sul-Mato-Grossense, após a divisão do estado. Entre 1979 e 1983, praticamente só deu o Galo, a exceção foi em 1982, com o Comercial ficando com a taça.
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Um dos maiores feitos do treinador foi levar o Operário até o terceiro lugar do Campeonato Brasileiro de 1977. Uma campanha brilhante que até hoje não foi superada por nenhum outro clube da região Centro-Oeste.
Em 1984, Castilho comandou o Santos Futebol Clube e foi campeão paulista naquele ano. Mas a carreira promissora do treinador foi interrompida de forma trágica.
Morte de Carlos Castilho
Castilho morreu em fevereiro de 1987, depois de pular do sétimo andar de um prédio no Rio de Janeiro. No local morava a ex-esposa do treinador.
A morte de Castilho foi muito lamentada por jogadores, dirigentes, torcedores e ganhou grande destaque da imprensa na época.
Ninguém nunca soube de fato o que aconteceu, mas a principal suspeita é que Castilho estaria com depressão e sofrendo com o possível fim do relacionamento com a segunda esposa.
Até hoje, ex-craques como Pastoril e Cocada, que jogaram sob o comando de Carlos Castilho, no Operário, na década de 1980, lamentam e muito a morte do ex-treinador.
A emoção toma conta dos ex-atletas e admiradores do treinador, que segundo eles,transformava o clube em uma família e fazia os jogadores descobrirem novos esquemas de jogo pra confundir os adversários.