Terá início nesta semana a retomada das obras de reforma no Parque das Nações Indígena, em Campo Grande. Será construída uma nova passarela. A novidade é que ela não dará mais acesso ao monumento do Cavaleiro Guaicuru. O nível da água do lago principal será baixado para fixação das pilastras que sustentarão a passarela.
Essa etapa da obra deve durar três semanas. No fim do ano passado foi entregue a primeira etapa das obras que resultou na reconstrução dos decks na margem oposta do lago. Na época o trabalho foi suspenso pela proximidade do fim de ano e agora será retomado.
A nova passarela terá uma importante alteração: não chegará até a ilha, apenas vai possibilitar que as pessoas se aproximem a uma distância de 5 metros para apreciar o monumento e fazer fotos. A mudança se deve ao fato de ter ocorrido muitos casos de vandalismo no monumento. Dessa forma, o acesso à ilha será feito apenas por barco, para manutenção.
A passarela do Cavaleiro Guaicuru terá extensão de 14 metros e depois se abre em Y, com 5 metros para cada lado, envolvendo a ilha. Essa estrutura possibilita que os visitantes tenham uma visão perfeita do monumento por vários ângulos. As pilastras são de madeira de eucalipto tratado e o assoalho de ripas de curupixara, própria para construção de decks.
Concluída essa obra, estará totalmente renovado o conjunto de decks do lago principal do Parque das Nações Indígenas. O contrato total foi orçado em R$ 109.368,00. Construídos há mais de 15 anos, os decks nunca haviam passado por manutenção estrutural e com o esvaziamento do lago para as obras de desassoreamento, percebeu-se que algumas pilastras estavam comprometidas na base. Além disso, a estrutura dos decks afundou cerca de 15 centímetros, ficando em desnível com a calçada.
Um dos maiores da América Latina
O Parque das Nações Indígenas é um dos maiores espaços urbanos do país. Abrange 119 hectares e está ligado ao Parque Estadual do Prosa, unidade de conservação que preserva as nascentes do Córrego Prosa. Fechado desde o início da pandemia Covid-19, o parque recebia até 2 mil pessoas por dia, durante a semana, e nos fins de semana o número saltava para 4 mil.
No ano passado o lago principal passou por um processo de desassoreamento, trabalho que representou mais R$ 1,5 milhão e ainda está em processo de conclusão, pois precisa ser recomposta parte do gabião que dá sustentação à barragem. Essa obra está sendo licitada.