Neste sábado (21) o Operário Futebol Clube, completa 83 anos de existência. No século passado, o Galo viveu o auge e superou gigantes do Brasil nos anos 70 e 80. Inspiração que resistiu ao tempo, graças a força de uma torcida apaixonada, que tenta resgatar as glórias do passado para as gerações futuras.
No dia 18 de fevereiro de 2011 foi fundada a Torcida Organizada Esquadrão Operáriano, uma referência ao time memorável de 1977, formado por Manga, Paulinho, Biluca, Silveira, Édson, Escurinho, Tadeu, Marinho, Roberto César e Everaldo. O Galo garantiu o terceiro lugar do Campeonato Brasileiro da Séria A naquele ano.
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No entanto, o que era para ser um resgate à memória afetiva do torcedor, logo se transformou em um pesadelo diante de uma realidade bem distante dos anos de glória. Ricardo Braga foi um dos responsáveis pela criação da torcida, no momento mais complicado da história do clube.
“A esquadrão nasceu em um momento conturbado politicamente dentro do clube, momento de maior traição de alguns que criaram um novo time querendo se apropriar da marca Operário”, lembrou.
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A fase não era das melhores e o Operário passava por uma crise que parecia sem fim dentro e fora de campo. Nos gramados o Alvinegro foi rebaixado para série B duas vezes, em 2009 e 2011 e ainda ficou 5 anos longe da elite do estadual. Fora das quatro linhas, alguns torcedores se mudaram para o Novoperário, criado em 2010. Em meio as dívidas acumuladas, o Operário perdeu patrimônio e foi punido em dois anos sem poder disputar competições oficiais.
“Na época muita gente estava sendo enganado. E muitos estavam acreditando, indo no embalo, compraram a mídia, captavam patrocínios usando a imagem da torcida e nosso papel era resistir” disse Ricardo Braga.O retorno só aconteceu em 2013, com muito esforço e apoio das torcidas organizadas Garra Operariana e Esquadrão Operariano.
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Sidnei Antunes é membro da Esquadrão desde 2016 e fez parte da antiga Torcida Coração Operáriano, em 1994. Ele fez parte da reestruturação da entidade. “Foram muitos os torcedores como eu que lutaram lá atrás para a volta do O.F.C. à atividade. Apesar que no início essa relação não era amistosa, hoje existe uma grande amizade e respeito. Essa raiz e cultura me mantém disposto em sempre ajudar nas ações da torcida em prol do O.F.C.”, ressaltou.
Após 5 anos tortuosos, até a volta à primeira divisão em 2015, o sofrimento chegou ao fim em 2018 com o título do Campeonato Sul-mato-grossense, depois de 21 anos. As torcidas organizadas costumam promover ações sociais e prometem fazer uma carreata no próximo sábado (21), para celebrar o aniversário do clube. “Os verdadeiros vão se manifestar sim, manter a tradição de levar as bandeiras no pontilhão, não vamos deixar passar em branco. Pois para o operariano, o aniversário do Galo é a data mais importante do ano”, afirma Ricardo Braga.
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Mesmo sem terem nascidos nos anos dourados, os membros das organizadas levam o nome da torcida e do time de coração para as crianças e os mais jovens e carregam a responsabilidade de vestir a camisa do eterno Galo da Bandeirantes.
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