Nesse sábado (19) é comemorado o Dia Mundial da Fotografia em homenagem a primeira câmera fotográfica moderna, o Daguerreótipo, dispositivo que foi desenvolvido nos anos 30 do século XVIII, pelo francês Louis Daguerre. Com o passar do tempo, as fotos evoluíram e se modificaram para adequar-se aos diversos períodos da história. Em toda sua existência, sempre há um ponto em comum, alguém por trás das câmeras para acionar um botão e cria-las em forma concreta.
Nascido em Aquidauana, Vinícius Eduardo da Silva Almeida viu nas belezas de sua cidade natal uma oportunidade para transformar a natureza inspiradora a sua volta, em registros para posteridade, mostrando desde cedo, a sua vocação para ser fotógrafo. “Desde criança eu já tinha esse desejo (de ser fotógrafo), sempre fiz fotos com celular, aí um amigo meu me emprestou uma câmera um dia e comecei fazer ensaios de graça pra pegar experiência e foi onde tudo começou”, lembrou.
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Aos 24 anos de idade, Vinícius Eduardo é fotógrafo há seis anos e atualmente tem se dedicado em fazer coberturas esportivas, mas admite que ainda é contratado para tirar fotos em casamentos, ensaios, aniversários, shows entre outros eventos para tirar uma grana extra. O fotógrafo lamenta à falta de prestígio na hora da contratação de seus serviços para fotos de cunho esportivo e diz que sonha em investir cada vez mais em seus equipamentos fotográficos.
“Quase sempre somos desvalorizados na fotografia esportiva, você cobra 50 reais por um pacote de fotos e não querem pagar, mas não imaginam quanto custa um equipamento. A fotografia esportiva é mais complicada, porque requer muito investimento, meu sonho é ter uma lente da Nikon 400 2.8, mais isso está um pouco longe da minha realidade por custar em torno de 35 mil reais, mas o sonho nunca acaba”, lembrou Vinícius.
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Apesar das dificuldades apresentadas, foi na pandemia de Covid-19 que Vinícius Eduardo se viu numa situação mais delicada, já que tinha a necessidade de custear seu investimento em equipamentos profissionais durante o surto da doença. “Na pandemia foi difícil, eu que havia investido em equipamentos para pagar parcelado, foi muito complicado, inclusive estou até hoje pagando os equipamentos que comprei na luta, foram três anos pagando, mas termino esse ano, graças a DEUS”, lembrou Vinícius.
Vinícius Eduardo já trabalhou em coberturas esportivas como: Campeonato Sul-Mato-Grossense Profissional e Sub-20; Copa do Brasil Profissional e Sub-20 e Campeonato Brasileiro da Série D. Também por meio do esporte, o fotógrafo o realizou o sonho de trabalhar em um jogo do seu time do coração e ver de perto seus grandes ídolos em campo.
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“O que mais me marcou, foi a minha recente ida na Neo Química Arena em São Paulo, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Pude realizar o meu sonho de viver a emoção de um jogo desse: Corinthians x América Mineiro. O melhor dia da minha vida, Corinthians 3×2 América Mineiro, o jogo foi para os pênaltis, nem estava acreditando que estava fotografando esse jogo. Ver o Cássio atravessando o campo e a torcida gritando o nome dele, foi surreal, e aí você já sabe o final da história, Cássio pegou pênalti como sempre e no final pra completar Yuri Alberto encostou do meu lado pra tirar uma foto comigo, literalmente eu zerei a vida!”, lembra Vinícius.
Vivenciar momentos como esse é recompensador para Vinícius Eduardo, que por alguns instantes pode parecer ter “saído de órbita” para viver o outro lado daquele sonho de infância, citado no início da reportagem, expressado por meio de sua eterna paixão. “Sou suspeito para falar da fotografia, porque ela é tudo pra mim, me encanta em tudo, desde um olhar onde você passa, tudo é motivo para fotografar, sempre vai ter algum detalhe que você queira registrar e vai além”, diz Vinícius.
Juntando a perspicácia de um bom clique ao amor pela profissão, Vinícius Eduardo é o fotógrafo por trás das câmeras que revela a sua arte, trazendo emoções para além da memória, num gesto que por definição se revela como, fotografia.