Um casal foi preso em Campo Grande, nessa quarta-feira (22), por torturar uma criança de 3 anos. Profissionais de saúde que atenderam a vítima em uma Unidade de Pronto Atendimento, desconfiaram da versão da mãe e do companheiro dela. A criança tinha lesões no rosto, queimadura na virilha e uma fratura exposta em uma das pernas.
Na noite de terça-feira (21), a criança foi internada na UPA do jardim Leblon. Os policiais foram informados por uma conselheira tutelar que a criança havia sido levada pela mãe e mais um homem e que ambos teriam dito à equipe médica que a criança havia se machucado após cair do berço. Os profissionais desconfiaram da versão, porque a criança tinha lesões graves.
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A vítima foi encaminhada para a Santa Casa de Campo Grande, onde teve que passar por cirurgia. No hospital, o médico pediatra plantonista confirmou as lesões incompatíveis com os fatos narrados pela mãe, detalhando que a vítima apresentava muitas escoriações na face e no pescoço já em fase de cicatrização.
A criança apresentava uma lesão semelhante a uma queimadura na parte interna da virilha esquerda, também com sinais de cicatrização e uma fratura exposta na perna esquerda, no osso da tíbia, sendo que o ferimento apresentava considerável sangramento. Esta característica contradizia o relato da mãe de que a fratura teria sido ocasionada no dia anterior no momento que a criança caiu de um berço.
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Os policiais questionaram a mulher que entrou em contradição e acabou contando que as lesões teriam sido causadas pelo padrasto, o mesmo homem que levou a criança até a unidade de saúde.
O homem, que já tinha voltado para casa foi encontrado pelos investigadores. Ele confessou que já agrediu as criança várias vezes e que no último fim de semana chegou a usar um fio de ventilador, o que teria causado as lesões na face.
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Ainda segundo o suspeito, a mãe também teria agredido a crianças várias vezes. O padrasto, que estava foragido do sistema prisional e a mãe da criança foram presos em flagrante e vão responder pelo crime de tortura.
A criança permanece internada na Santa Casa de Campo Grande e, por não ser possível a localização de outros parentes, uma conselheira se responsabilizou pelo encaminhamento da criança a um guardião.